Venho pensando que meu trabalho se relaciona à tarefa de ler: ler o mundo. Ler o mundo nas ruas, nas festas, em seus despropósitos e belezas. Ler junto aos olhos de quem está ao meu redor e de quem eu escuto. O sofrimento pode invadir espaços de um jeito muito violento, mas escutar essas cenas e estar junto, ouvir mais uma vez, e de novo, e de novo, é algo que me move.

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Testemunhar a construção de modos ligeiramente, ou radicalmente, diferentes de contar sobre a vida. Estar presente. As experiências trazidas de BH, de onde venho, se misturam à vida em São Paulo, onde vivo atualmente. A aposta está nos novos encontros, nas possibilidades criadas, ainda que existam os retrocessos inevitáveis.